Teatro
Teatro é uma arte dramática, normalmente com representação ao vivo. É provavelmente tão antiga quanto a arte de contar histórias. O nome também é comumente usado para designar o edifício onde se desempenha essa arte.
Acredita-se que a arte dramática já existia em primitivos rituais. Na Antiguidade destacou-se o teatro grego e, de lá, deriva-se o nome teatro. Na Idade Média, o teatro já era popular em várias partes do mundo, incluindo no Oriente. Na Europa, destacou-se a dramaturgia com base em passagens bíblicas.
Após o Renascimento, o teatro tornou-se mais ousado e com maior abrangência em temas. Essa época foi prolífica em grande autores. Na Europa, as obras do inglês Shakespeare vêm logo à mente, mas outras nações também tiveram autores importantes. Na França, era Molière, Rostand, Racine e Corneille, entre outros. Destacaram-se também autores italianos, espanhóis e de outras nacionalidades. Em Portugal do século 16, destacaram-se Gil Vicente e António Ferreira.
No Brasil, o teatro começou com os jesuítas, no século 16, que usavam a dramaturgia para catequizar os índios. No século 17, o baiano Manoel Botelho de Oliveyra tornou-se o primeiro brasileiro a publicar textos de teatro. O século 18 conheceu os primeiros prédios construídos especialmente para representações teatrais, incluindo teatros de bonecos e pequenas casas de ópera.
No século 19, o teatro floresceu bastante no Brasil, muito com a chegada da Família Real. Em 1812, foi inaugurada a primeira grande casa de ópera no País: o Theatro São João da Bahia.
No século 20, o teatro passou a disputar espaço com o cinema, com as novelas de rádio e de televisão.
O Theatro São João, em Salvador. O primeiro grande teatro de ópera do Brasil, inaugurado em 1812, funcionou até 1923.
Escadarias da Ópera Nacional de Paris, o magnífico Palácio Garnier, construído entre 1862-1875, pelo arquiteto Charles Garnier.
Cena do Monólogo do Vaqueiro (1502), de Gil Vicente, em ilustração de Roque Gameiro.
Acima, a Casa de Ópera de Sydney. Um dos mais conhecidos cartões postais da Austrália foi inaugurado em 1973. É um centro de artes, com auditórios, ballet e orquestra. Embaixo, apresentação da Orchestra Filarmonica del Teatro La Fenice, no teatro Malibran, em Veneza.
O musical Besouro Cordão de Ouro, montado em 2006, sobre o capoeirista baiano Manoel Henrique Pereira (1895-1924), o Besouro de Mangangá, com belas composições de Paulo César Pinheiro, que lançou o álbum Capoeira de Besouro (2010). Seu sucesso deu sequência ao filme Besouro, da Capoeira nasce um herói (2009, de João Daniel Tikhomiroff), com base no mesmo personagem.
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O premiado tenor brasileiro Atalla Ayan como Alfredo em La traviata, em apresentação em The Royal Opera, 2017, em Londres (foto de Tristram Kenton).
Atalla Ayan nasceu em Belém do Pará, em 1986, onde começou sua carreira de tenor aos 21 anos, no Teatro da Paz. Apresentou-se em conceituadas casas de ópera pelo mundo, como o Metropolitan Opera, de Nova York, Teatro Carlo Felice, de Gênova, Cologne Opera House, Alemanha e outras. Desde 2012 é membro da Stuttgart Opera.
Os Troianos, apresentação no tradicional Festival Amazonas de Ópera, em Manaus.
Acima, o Theatro José de Alencar, em Fortaleza. Construção do final do século 19, com notável fachada interna em estrutura metálica e estilo coríntio. Leva o nome do escritor cearense José de Alencar (1829-1877).
Embaixo, a Broadway Street, em Manhattan, uma área famosa por seus teatros (crédito: Eric Hsu / NYC & Company). Mais: Teatro nos EUA ►
O pernambucano Nelson Rodrigues (1912-1980) é um dos mais importantes nomes na história da dramaturgia nacional. Explorou os conflitos psicológicos da vida cotidiana com maestria e revolucionou a linguagem teatral.
O baiano Manoel Botelho de Oliveyra (1636-1711), o primeiro autor brasileiro a ter um livro publicado (a peça Hay Amigo para amigo, Coimbra, 1663).
A primeira obra conhecida de um brasileiro é a História do Brasil de Frei Vicente do Salvador, outro baiano, mas esta não foi publicada em sua época.
Manoel Botelho de Oliveyra nasceu em Salvador, em 1636, era fidalgo da Casa Real, estudou no Colégio dos Jesuítas da Bahia, formou-se em jurisprudência pela Universidade de Coimbra e foi contemporâneo de Gregório de Mattos. Foi advogado, capitão mor de ordenanças (1694), vereador, escritor, teatrólogo e poeta barroco.
Entre suas obras mais conhecidas estão os poemas em Música do Parnaso (1705, Lisboa), a comédia Hay Amigo para amigo (1663), Amor enganos e zelos, a canção Sobre os males originados pelo ouro e a ode Ilha de Maré. Sua obra descreve muito das coisas do Brasil, especialmente da Bahia.
O Theatro São João, em 1858 (litografia de Bachelier)
O Fantasma da Ópera, em Hamburgo, Alemanha.
Embaixo, o magnífico auditório do Teatro de Ópera de Budapeste, do século 19.
Os atores Geraldo Aragão e Ângela Fialho na peça Gregório de Mattos de Guerras, uma reconstituição da Bahia barroca, imersa na luxúria e fiscalizada pelo Santo Ofício.
O suntuoso Teatro Amazonas. Inaugurado em 1896, tornou-se um dos cartões postais de Manaus.
O maranhense Arthur Azevedo (1855-1908), homenageado na capa do primeiro número de Comedia - Jornal de Theatro, publicado em 1916, pelo Jornal do Brasil. O editor justificou:
«Comedia», começando hoje a sua vida de jornal de theatros, para bem justificar o seu nome, honra a sua primeira pagina com o retrato do primeiro comediographo do Brazil. É uma homenagem que «Comedia» não podia deixar de prestar,...
Arthur Azevedo foi um dos mais célebres teatrólogos brasileiros. Nasceu em São Luís e foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
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