Cinema
Já por volta de 1830 conhecia-se a técnica de se provocar a ilusão de movimento através de uma sequência de desenhos, passados rapidamente ante os olhos. Nessa mesma época, técnicas de fotografia também estavam em desenvolvimento.
Nos anos 1870, o fotógrafo inglês Eadweard Muybridge desenvolvia técnicas de fotografias sequenciais, tiradas por várias câmaras, e conseguiu realizar a ilusão de movimento de um cavalo a galope, utilizando um disco em rotação. O cinema, uma palavra que deriva do grego e pode ser traduzida como imagens em movimento, continuou a ser desenvolvido até que na última década do século 19, já se comercializava equipamentos para a realização de filmes, como essa tecnologia ficou conhecida em português.
A primeira sala de cinema comercial funcionou em Nova York, em 1894. Nos anos 1920, chegou o cinema falado e os primeiros filmes em cores. Nos anos seguintes, o cinema tornou-se uma mega indústria.
O cineasta baiano Glauber Rocha (1939-1981) revolucionou o cinema brasileiro em seu estilo e sua técnica. Com apenas 23 anos de idade dirigiu um dos clássicos nacionais: Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), que concorreu à Palma de Ouro em Cannes, perdendo para um filme francês (na foto, a capa do livro de Nelson Motta sobre o cineasta baiano, lançado em 2011).
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Pôster do filme A Missão (1986, com Robert de Niro e Jeremy Irons). A trama do filme, escrita por Robert Bolt, embora ficção, é adaptada de fatos reais ocorridos no século 18, na região das Missões Jesuíticas dos Guaranis, nos territórios do Paraguay e Rio Grande do Sul. O filme mistura eventos que, na realidade, ocorreram em épocas e locais diferentes, incluindo as belas imagens das Cataratas do Iguaçu. Parte dos cenários foram reconstituídos na Colômbia.
Cenas de Vertigo (Um Corpo que Cai, 1958), com James Stewart e a bela Kim Novak. Um dos melhores filmes de todos os tempos é um Hitchcock. O cineasta inglês, mestre do suspense, também era um mestre no respeito ao espectador. A trama de seus filmes era sempre lógica e brilhante, mas nunca percebida no início e o espectador sempre sabia mais que o protagonista. Não havia uma trama dentro da trama para enganar quem assiste, um recurso pobre e comum em vários roteiros.
Cena de O Pagador de Promessas, com Leonardo Villar (1962, dirigido por Anselmo Duarte). Um dos filmes brasileiros mais celebrados de todos os tempos é baseado na peça do baiano Dias Gomes (1922-1999). Único filme brasileiro a vencer a Palma de Ouro de Cannes, também indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Nascido em Salvador, membro da Academia Brasileira de Letras, o baiano Dias Gomes tornou-se um dos mais criativos autores nacionais. Escreveu várias telenovelas inesquecíveis, como o Bem Amado (1973), Saramandaia (1976) e Roque Santeiro (1985), entre outras.
O paulista Anselmo Duarte (1920-2009), além de grande ator, foi o grande cineasta brasileiro antes do Cinema Novo, de Glauber Rocha. Além de O Pagador de Promessas, dirigiu ou atuou em vários clássicos do cinema nacional, como Tico-Tico no Fubá (1952), Absolutamente Certo (1957) e Os Trombadinhas (1979).
Carmem Miranda (1909-1955) tornou-se um ícone internacional divulgando o Samba e outros temas da cultura brasileira. Nasceu em Portugal e chegou no Brasil com menos de um ano de idade. Conquistou os EUA nos anos '30 e os estadunidenses jamais esqueceram-se dela. Cantou músicas inesquecíveis de grandes compositores da época, como Ary Barroso e principalmente do sambista baiano Assis Valente, do qual gravou 24 composições. De acordo com Ruy Castro, sua indumentária característica e seus trejeitos foram influenciados por Dorival Caymmi, que a orientou para as filmagens de Banana da Terra (1938), quando cantou O Que É Que a Baiana Tem? Curiosidade: Carmem tinha cabelos longos e belos, mas costumava cobri-los com torços ou lenços.
James Dean e Natalie Wood em cena do filme Juventude Transviada (Rebel Without a Cause, 1955). O segundo dos três filmes que o ator estrelou antes de sua morte trágica. Transformou-se em ícone da juventude e popularizou o termo "rebelde sem causa".
Elizabeth Taylor, aos 19 anos, e Montgomery Clift em cena do filme Um Lugar ao Sol, dirigido por George Stevens (1951). Elizabeth Rosemond Taylor nasceu em Londres, em 27 de fevereiro de 1932. Seus pais eram estadunidenses. Iniciou sua carreira de atriz em 1942, aos 10 anos de idade. Posteriormente fez vários filmes de sucesso, como Assim Caminha a Humanidade (1956) e Cleópatra (1963). Ganhou dois prêmios Oscar e é considerada por muitos como uma das mais belas atrizes de todos os tempos. Faleceu em 2011.
Branca de Neve e os Sete Anões, de Walt Disney (Snow White and the Seven Dwarfs). Foi o primeiro filme de animação de longa metragem, lançado em 1937. A magia de Disney transcende o tempo e a tecnologia. O filme ainda encanta as crianças, mesmo após mais de 80 anos.
Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss protagonistas na trilogia Matrix (1999-2003), que redefiniu padrões em efeitos especiais. Em 2019, foi anunciado um quarto filme da sequência (Matrix 4), com os dois atores.
Chaplin em O Garoto (1921). O inglês Charles Chaplin (1889-1977) foi uma das maiores estrelas do cinema mudo, nas primeiras décadas do século 20. Um gênio da comédia. Seus filmes tornaram-se clássicos.
A nova-yorquina Margarita Carmen Cansino (1918-1987) era a atriz Rita Hayworth, filha de dançarinos espanhóis. Estreou no cinema em 1935, no filme o Inferno de Dante, mas o sucesso veio quando dançou com Fred Astaire, em 1941, no filme Ao Compasso do Amor.
Sophia Loren, a mais famosa atriz italiana. Nascida em 1934 (Lazio, Itália), recebeu o Oscar de melhor atriz em 1961 pela sua atuação em "La Ciociara" (Duas Mulheres).
O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972). Um filme que não pode faltar em qualquer seleção. Baseado no romance de Mario Puzo e dirigido por Francis Ford Coppola, conta com Al Pacino e a impagável interpretação de Marlon Brando (1924-2004). Brando usou chumaços de algodão nas bochechas, buscando acentuar seu ar de mafioso.
Sobre esse personagem, Brando declarou: "It was demeaning to do a screen test, but I needed a part at that point in time... I wasn't sure I could play that part. And then, suddenly, something gets a hold of you: What is the nature of criminality? Where does it come from? ...We have an antiquated belief of good and evil. I don't believe in either of those. And I thought it would be interesting to play a gangster, not from the point of view that he was the bad guy, but that he was very gentle, a hero."
A bela Sônia Braga em Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, 1976). O filme, com base na obra do escritor baiano Jorge Amado, foi um imenso sucesso no Brasil e em vários outros países. Rodado no bairro histórico da Palma, em Salvador (a casa na foto continua lá), e com uma maravilhosa trilha sonora de Chico Buarque, interpretada pela cantora baiana Simone. O filme foi recordista de público no Brasil por 34 anos até ser superado por Tropa de Elite 2.
Estrela de John Lennon na Calçada da Fama, em Hollywood, Los Angeles. Junto de sua estrela, fãs de Lennon reúnem-se, anualmente, no aniversário de sua morte. A Calçada da Fama possui cerca de 2000 estrelas ao longo da Hollywood Boulevard. Homenageiam desde celebridades do cinema mudo e cinema atual, até estrelas do rádio, TV, diretores e cantores famosos. Inclui, também, estrelas para os cães Lassie e Rin Tin Tin.
Cena do filme Ganga Zumba (1963) do cineasta alagoano Carlos Diegues, um de seus primeiros longas-metragens. Diegues tornou-se um dos mais premiados diretores de cinema do Brasil. Ele abordou o mesmo tema no musical Quilombo (1984). A comunidade negra e livre do Quilombo dos Palmares localizava-se no território do atual Estado de Alagoas, terra natal do cineasta.
O ator baiano Wagner Moura interpreta o Capitão Nascimento em Tropa de Elite (2007). O filme, dirigido pelo carioca José Padilha, recebeu vários prêmios nacionais e internacionais.
Wagner Moura nasceu em 27 de junho de 1976, na cidade de Rodelas, nordeste da Bahia. Graduou-se em jornalismo pela UFBA e começou a atuar no teatro nos anos '90, em Salvador. Posteriormente atuou em novelas, em vários filmes e recebeu vários prêmios.
Marlon Brando (1924-2004) em O Selvagem (The Wild One, 1953). Carismático e único. Para muitos, o maior ator do século 20. Depois de sua inigualável atuação em O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972), desinteressou-se pelo Cinema e passou a trabalhar apenas para pagar as contas. Fez ainda três célebres atuações, em o Último Tango em Paris (1972), Superman (1978) e Apocalypse Now (1979), mas sua alma artística não estava mais lá.
A casa usada nas filmagens de Psicose (1960), de Alfred Hitchcock. Relíquia da história do cinema, em exibição na Universal Studios, Hollywood. No filme, Hitchcock fez valer uma de suas máximas: "Sempre faça a audiência sofrer o máximo possível".
Audrey Hepburn veste Givenchy para o filme Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's, 1961). Atriz holandesa de simpatia infinita e beleza singular. Estreou em Hollywood com o filme "A Princesa e o Plebeu" (Roman Holiday, 1953), quando ganhou o Oscar de melhor atriz. No total foram 31 filmes de alta qualidade, sendo Always (Steven Spielberg, 1989), o seu último.
A bela Rachel (Sean Young) de Blade Runner. O Caçador de Androides, lançado em 1982, tornou-se um clássico de ficção científica. Dirigido por Ridley Scott, com Harrison Ford e Rutger Hauer, no elenco. Em 2017, o filme ganhou uma sequência.
Greta Garbo (1905-1990). A bela atriz sueca foi uma das grandes personalidades do cinema nos anos 30. Apesar de jamais ter ganho um Oscar, Garbo é hoje considerada uma das melhores atrizes da primeira metade do século 20.
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Capitães de Abril (2000, Portugal), da atriz e cineasta portuguesa Maria de Medeiros (na foto). O filme trata da Revolução dos Cravos, que destituiu pacificamente a ditadura em Portugal, em abril de 1974. Em lugar de balas, cravos, da cor da bandeira portuguesa, tomaram as ruas e os canos das armas.
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