História do Canadá
O Canadá é habitado há muitos milênios, incluindo pelos inuits da região do Ártico. Estima-se que, no século 15, existiam mais de 300 mil habitantes nas terras do atual Canadá.
Os primeiros europeus chegaram no século 10, vindos da Islândia. Eram os vikings e habitaram partes da costa leste do Canadá, mas abandonaram depois. Os vikings mantiveram algum contato comercial com povos da Groelândia até o início do século 15, mas, até o final do daquele século, as terras canadenses não estavam registradas em mapas conhecidos.
No início do século 16, o norte do Canadá era entendido como uma extensão da Ásia, como mostram os planisférios de Contarini (1506), Ruysch (1507) e Rosselli (1508). Nessa época, o Oceano Atlântico foi navegado por muitos exploradores, em busca de fama e fortuna. Entre eles estava o francês Jacques Cartier, amigo de Caramuru. Cartier esteve na Bahia por volta de 1527. Ao retornar a França, foi junto com Caramuru e Paraguaçu.
Jacques Cartier retornou aos mares em abril 1534, em uma missão francesa oficial para a exploração da América do Norte. Atingiu a ilha de Terra Nova, em maio, explorou o Golfo de São Lourenço e parte da costa canadense. Retornou à França em setembro.
Debate sobre a questão das línguas em sessão da Assembleia Legislativa do Baixo Canadá, em janeiro de 1793 (tela de Charles Huot).
Tribo indígena canadense.
Cartier retornou em 1535. Visitou o povoado indígena de Hochelaga, atual Montreal, e passou o inverno com sua tripulação em Stadacona, atual Québec. Ao retornar à França, Cartier chamava a região de Canadá.
Em 1541, o rei da França enviou uma expedição colonizadora ao Canadá, comandada por Jean-François de La Rocque, acompanhado por Cartier, que fundou Charlesbourg-Royal, ao norte de Québec. Mas a colonização francesa do Canadá, durante o século 16, foi um fracasso.
Na segunda metade do século 16, a costa leste do Canadá foi frequentada por muitos barcos pesqueiros, franceses, ingleses, portugueses e espanhóis.
No século 17, surgiram as primeiras colônias permanentes na ilha de Terra Nova, inglesas e francesas. Nessa época, o comércio de peles de castor era uma das principais atividades econômicas da região e continuou por cerca de dois séculos.
No século 18, as colônias inglesas e francesas multiplicaram-se pela costa leste do Canadá. Tropas francesas e inglesas enfrentaram-se pelo controle da região até 1763, quando um acordo de paz definiu que a Inglaterra teria o controle do Canadá, mas as colônias francesas poderiam manter sua língua e costumes. Em 1774, o Ato de Québec permitiu o restabelecimento das leis francesas e a liberdade de culto.
Em 1791, foi criado o Ato Constitucional para o Canadá e criou-se duas províncias: a do Baixo Canadá, de franceses, com capital em Québec, e a do Alto Canadá, de maioria inglesa, nos Grandes Lagos (atual Ontario).
Em 1867, O British North America Act, permitiu a criação de um poder legislativo no Canadá, subordinado ao Reino Unido. Em 1931, o Parlamento canadense tornou-se independente, mas o chefe de estado continuou sendo o monarca britânico.
Jacques Cartier e seu primeiro encontro com os índios em Hochelaga, atual Montreal, em 1535 (desenho de Napoleon Sarony com base em ilustração de Andrew Morris, de 1850, Musée de la Civilisation, Québec).
Jacques Cartier nasceu em Saint-Malo, na França, em 1491. Tornou-se um brilhante navegador e explorador.
Era amigo de Caramuru e esteve na Bahia, em 1527 ou 1528, quando ele, Caramuru e Paraguaçu foram juntos para Saint-Malo, onde a princesa tupinambá foi batizada. Katherine des Granches, esposa de Jacques Cartier, foi a madrinha de Paraguaçu.
Jacques Cartier morreu em 1557 e seu túmulo está na igreja de Saint-Vincent-de-Saragosse, antiga Catedral de Saint-Malo, a mesma igreja em que Paraguaçu foi batizada.
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Índio canadense.
Por Jonildo Bacelar